Quem sabe? Quem saberá?
Não há como negar os sentimentos tantos e tamanhos
que se misturam cá dentro, meu caro.
Mas se anular não é opção, não é solução...
E vai que... Quem sabe?
Qualquer dia a gente se encontra no acaso do descaso.
Qualquer dia a gente se tromba numa noite de bar,
dessas noites tantas que compartilhamos beijos de faltarem o ar.
E vai que... Quem sabe? Quem saberá?
Qualquer dia a vida segue e a gente esquece
da falta do cheiro e do jeito que se dá.
Ai!, aquele jeito como os corpos desalmados se tocavam,
cheios de mãos, beijos, desejos...
Como transavam esperando que o tempo parasse e ele parava
para criar dois cúmplices sinceros de uma verdade que talvez inexista.
(E como esse tão saliente talvez faz doer a ferida)
Sabe? Eu ainda me pergunto o que houvera afinal,
que fim dera nas noites que tanto ansiei viver e vivi.
Ah!, como vivi! Num passado distante, meu caro, eu vivi.
(