Nós somos nossos passados.

Então aquele relacionamento eterno acaba. Um ano, dois, cinco ou vinte... Depois de tantas conversas, planos, panos e músicas compartilhadas, aquele relacionamento eterno simplesmente acaba.
Na era digital, do instantâneo, do passageiro, memórias e marcas parecem ser facilmente deletadas. Opções, Excluir. Sumiu.
Parecem.

Podemos, por inúmeros motivos, querer sumir com todas as memórias de nossos passados. Podemos deletar as fotos daquela viagem juntos ou o rasgar o poema romântico cafona que escrevemos, podemos até mesmo cobrir aquela tatuagem ridícula em homenagem à ela.  No entanto, por mais engavetado num canto escuro da mente que acreditemos ter deixado nosso passado o fato é que nós somos nossos passados.

Nós somos todas as pessoas por quem passamos, somos todos os filmes que assistimos, somos todas as lasanhas que comemos, todos os amores que vivemos.

E amor não deixa de "ter sido" só por ter acabado. O passado não se apaga e ele é lindo. Lindo pois nos fez exatamente o que somos, nos deixou exatamente onde estamos e nos levará exatamente para onde queremos ir - demore o tempo que for.

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